Luiz Hermano Façanha Farias estuda filosofia em Fortaleza no início dos anos 1970 e, desde sempre desenha. No início, sem acesso a tintas profissionais, pintava com café. Em 1979, freqüenta aulas de gravura na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro. No mesmo ano, transfere-se para São Paulo e a convite de Pietro Maria Bardi, realiza a mostra Desenhos, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand. Em 1980 edita o álbum de gravuras intitulado O Universo. Em 1984, ao receber o Prêmio Chandon; viaja para Paris, onde realiza exposição Individual na Galeria Debret. Participa da 5ª Bienal Internacional de Seul (1983), e da 2ª Bienal Pan-Americana de Havana (1986). Na década de 1980, dedica-se, sobretudo, à pintura.
Nos anos 90, desenvolve obras tridimensionais utilizando materiais diversos, como cabaças naturais, fios de cobre, arame, capacitores eletrônicos, ligas de bronze, alumínio, peças de acrílico e vários tipos de peças industrializadas, deslocadas do cotidiano. Em 1987 expõe pinturas na 19ª Bienal Internacional de São Paulo e esculturas na 21ª edição do evento, em 1991. Em 2005, participa da exposição Discover Brazil, no Ludwig Museum, Koblenz, Alemanha. Em 2008, realiza a exposição Templo do Corpo, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, sendo nesta ocasião publicado o livro: Luiz Hermano.
A monumentalidade na obra de Luiz Hermano, se apresenta em diversos espaços públicos. Em São Paulo, nos jardins do Museu de Arte Contemporânea da USP, Cidade Universitária; no metrô Estação República, nos jardins do Museu de Arte Moderna de São Paulo e em Recife, Pernambuco a obra Mandacaru, medindo 7 mts, encontra-se exposta no Museu Cais do Sertão.
O artista divide seu tempo entre o atelier e o mundo, como escreve Katia Canton: As viagens são formas de reivindicar territórios, consagrando ao artista um reservatório cada vez mais denso de experiências de mundo. Paisagens, templos, histórias de gente e de coisas vistas no caminho, tudo se acumula na espessura de um novo trabalho.