Pesquisador do movimento e da percepção, Claudio Alvarez propõe desafios ao olhar, construídos como mecanismos em que aquilo que vemos entra em contradição com aquilo que sabemos. Ilusões de ótica, jogos de espelho e iluminação, objetos móveis e formas dinâmicas são elementos que formam seu amplo repertório de jogos visuais.

Segundo o crítico de arte, Fabrício Nunes, “Alvarez desenvolve construções que ativam uma percepção que alia análise e fascínio, raciocínio e ilusão – dois modos fundamentais da relação humana com o mundo”.

Em suas obras, estruturas geométricas são relativizadas, colocadas em movimento através de situações de equilíbrio oscilante e dinâmico. A ilusão de ótica, presente em outras, provoca questionamentos sobre nossa própria percepção, o mundo real e o mundo das aparências. Unindo fluidez, ilusão e materialidade, as obras de Alvarez estabelecem uma racionalidade em que a sensação também é pensamento.

A exposição “Como vai você, geração 80?” realizada no Parque Laje, em 1984, no Rio de Janeiro, marca o início de sua atuação no cenário artístico brasileiro e de uma série exposições individuais e coletivas, nacionais e internacionais.