A pintura como alegoria da vida. Para a artista plástica paulistana Renata Egreja, a pintura é uma festa, uma celebração da vida e o fio condutor de seu pensamento. Aos 38 anos e 14 de carreira, Renata dividiu sua formação entre São Paulo e Paris. Vive e trabalha hoje no interior de São Paulo, com ateliê em uma fazenda na pequena cidade de Ipaussu. Vinda de uma família de agricultores, cresceu no meio rural e sempre teve a natureza como inspiração. Apaixonada por pintura desde pequena, sua primeira incursão profissional nas artes foi trabalhando com alegorias em escolas de samba do Rio (Mocidade Independente de Padre Miguel) e de São Paulo (Nenê de Vila Matilde). E dessa festa da ancestralidade tira muito dos efeitos visuais, glitter, purpurina e alegria para a sua arte. Iniciou os estudos em Artes Plásticas na FAAP-SP, graduou-se na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts, em Paris, onde fez também seu mestrado e iniciou sua carreira no circuito das artes. No Brasil, participou de diversas exposições individuais e coletivas no Instituto Tomie Ohtake, Paço das Artes, Zipper Galeria, Galeria Lume, Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba, Museu de Arte de Curitiba, Sesc, dentre outros espaços. No exterior, teve obras expostas em Milão (Itália), Frankfurt (Alemanha) e Nova Déli (Índia). Possui trabalhos em acervos públicos e privados que trazem uma explosão de cores e de energia em suportes variados: telas, aquarelas sobre papel, pintura em óleo, acrílica, costura, cerâmica, escultura, vídeos, desenhos e instalações. Em comum, uma viva paleta de cores e sonhos sempre aquecidos. As criações renderam prêmios como o Jovens Talentos, da Université Paris-Dauphine, em 2010; o Itamaraty de Arte Contemporânea, em 2012, e o Itamaraty Sanskriti Foundation, em 2013. Suas pinceladas viraram também moda, obras de vestir. A artista assinou coleção para a grife italiana Salvatore Ferragamo, dentre outras. Nos últimos anos, desde que se tornou mãe de duas meninas, Bia e Paloma, Renata tem se dedicado também a questões de gênero e à luta pelos direitos das mulheres. Sinal de que festa e luta andam sempre de mãos dadas.